A Revolução Industrial escrito
em sexta 21 maio 2010
Introdução
A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra,
com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o
artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou.
A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção
acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também
podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de
produtos e mercadorias.
Pioneirismo Inglês
Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução
Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores.
A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou
seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas
à vapor. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de
minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A
mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ),
também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando
emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital
suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e
contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado
como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.
Avanços da Tecnologia
O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes
e máquinas. As máquinas à vapor, principalmente os gigantes teares,
revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem,
gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e
acelerou o ritmo de produção. Locomotiva: importante avanço nos meios de
transporte Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas
à vapor (maria fumaça) e os trens à vapor. Com estes meios de transportes, foi
possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com
custos mais baixos.
A Fábrica
As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor
dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram
ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos
trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e
feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam
sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como,
por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal
remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem
nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.
Reação dos trabalhadores
Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar
por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as
trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de
trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por
exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de
máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos
numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O cartismo
foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando
diversos direitos políticos para os trabalhadores.
Conclusão
A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos
passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o
consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas
foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o
aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das
cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade. Até os dias de
hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento.
Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo
todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por
máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para
ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas
capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a
população.
Conseqüências da Revolução Industrial
A Revolução Industrial foi uma mudança na forma de produção de
mercadorias ocorrida em meados do século XIX. Com origem na Inglaterra,
revolucionou o modo de produção com o uso de máquinas à vapor e transformações
no sistema de trabalho da época. Essa transformação foi um marco decisivo na
história e suas consequências sentimos até os dias atuais.
Principais conseqüências da Revolução Industrial -
Diminuição do trabalho artesanal e aumento da produção de mercadorias
manufaturadas em máquinas; -
Criação de grandes empresas com a utilização em massa de trabalhadores
assalariados; -
Aumento da produção de mercadorias em menos tempo;
- Maior concentração de renda nas mãos dos donos das indústrias;
- Avanços nos sistemas de transportes (principalmente ferroviário e
marítimo) à vapor;
- Desenvolvimento de novas máquinas e tecnologias voltadas para a
produção de bens de consumo;
- Surgimento de sindicatos de trabalhadores com objetivos de defender os
interesses da classe trabalhadora;
- Aumento do êxodo rural (migração de pessoas do campo para as cidades)
motivado pela criação de empregos nas indústrias;
- Aumento da poluição do ar com a queima do carvão mineral para gerar
energia para as máquinas;
- Crescimento desordenado das cidades, gerando problemas de
sub-moradias;
- Aumento das doenças e acidentes de trabalhos em função das péssimas
condições de trabalho nas fábricas;
- Uso em grande quantidade
de mão-de-obra infantil nas fábricas.